O Dia da Mentira

Conta-nos a História que, desde 1582, quando o calendário juliano foi substituído pelo Gregoriano, vigente até hoje, que o dia 1º de Abril, o antigo dia do Ano-Novo do calendário juliano, passou a ser chamado de o Dia da Mentira por aqueles que não concordavam com a nova contagem de tempo.

Também chamado de o Dia dos Tolos, ou o Dia dos Bobos, o Dia da Mentira é celebrado, é claro, contando-se mentiras, pregando peças nos amigos.

No Brasil, o Dia da Mentira foi inaugurado em 1828, pelo jornal mineiro “A Mentira”, cuja primeira edição, publicada a 1º de abril do citado ano, trazia a notícia da falsa morte de D. Pedro I. Já eram as fake news.

Quando eu era molecote, um simples petiz de pé no chão, o 1º de Abril era data das mais aguardadas pela meninada da escola. Na véspera, dormíamos pensando em que mentira pregaríamos e como faríamos para nos manter o tempo todo em alerta para não sermos o bobo do dia.

Porém, como toda boa e saudável tradição, a comemoração do Dia da Mentira também foi caindo em desuso com o avanço destes chatos e tristes tempos. Primeiro, que a meninada de hoje não tem memória para se lembrar de qualquer data que seja; ainda que a conservassem – a memória -, igualmente não teriam imaginação e criatividade para criar uma boa pilhéria. Todas elas – a memória, a imaginação e a criatividade – foram mortas e sepultadas bem fundo pelas estrovengas eletrônicas com as quais eles acordam e se deitam. E ainda que reste, aqui e ali, algum gaiato, algum gozador, ele fica inibido de fazer suas brincadeiras e ser acusado de bullying, assédio etc. Uma merda.

Cabe, então, aos mais velhos reavivarem, vez em quando, a lúdica data. Assoprar as brasas mortas do Dia da Mentira.

E foi o que fez, de forma antecipada e imbatível, o Tenente Brigadeiro do Ar Francisco Joseli Parente Camelo, atual presidente do Supremo Tribunal Militar (STM), nesta quarta-feira, 27/03.

Militar das antigas (somente pela idade), mas não militar raiz, de respeito, como logo verão por suas declaraçãoes, Camelo babou os ovos de Lula como nunca vi nem mesmo um comunista fazer. Uma total desonra à farda que enverga.

Disse Camelo : “Nós vivemos outros tempos, o mundo mudou, não há mais divisão [entre capitalismo e comunismo]. Não existe no Brasil essa ideia de comunismo, o comunismo acabou. O presidente Lula é um sindicalista, não vejo o presidente jamais como um comunista, porque as pessoas têm mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista”.

E fechou com chave de bosta : “Ser de esquerda é realmente querer um Brasil melhor, mais solidário, mais próximo, que pense no mais pobre. É tudo isso que a esquerda pensa. Então ser de esquerda não é ser comunista. E o comunismo para mim não existe no Brasil”.

Ser de esquerda é querer um Brasil melhor… comunismo não existe no Brasil…

Pãããããta que o pariu!!! 

Pega na mentira, corta o rabo dela, pisa em cima, bate nela!!!

Valha-me São Tremendão!!!

Uma vergonha! Jamais imaginei o dia em que veria os militares tão vendidos assim à esquerdalha.

Que os fantasmas dos generais João Baptista Figueiredo, Erasmo Dias e Newton Cruz e do coronel Ulstra venham puxar os pés de Camelo todas as noites. E dar-lhe choques elétricos no saco. E enfiar-lhe varetas de bambus por sob as unhas.

Abaixo, o ministro Camelo, antes e depois de sua declaração.

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